96 – Incêndio de Vila Socó (Vila São José),em Cubatão/SP: Uma data para não esquecer

A GRANDE CATÁSTROFE OCORREU NA NOITE DE SEXTA-FEIRA E MADRUGADA DE SÁBADO, DO DIA 25 DE FEVEREIRO DE 1984.

Bom dia meus amigos, guardei por 28 anos um exemplar do matutino Cidade de Santos, com a cobertura completa sobre a maior tragédia já registrada em Cubatão e Baixada santista. Segue abaixo a transcrição de toda a matéria, e a seguir a reprodução das  fortes imagens. é um documento histórico que vem despertando a atenção de escolas e faculdades da região, sobre a questão da segurança de quem mora ou reside nas imediações de gasodutos e refinarias.

O Jornal Cidade de Santos, edição do dia 26 de Fevereiro de 1984, estampava a seguinte manchete, ocupando  praticamente toda a capa.

Catástrofe abala Baixada.

Milhares de litros de gasolina, procedentes de um vazamento numa das tubulações da Refinaria Artur Bernardes, transformaram a Vila São José (Vila Socó) num imenso mar de chamar, na madrugada de ontem, destruindo 500 barracos e matando dezenas de homens, mulheres, crianças e animais. A dor, a desolação e o desespero formam a imagem do local, onde nem a ação de 200 bombeiros de Santos _ com a ajuda de São Bernardo do Campo e Santos André _ conseguiram evitar a tragédia. A incredulidade e o excesso de burocracia de funcionários da refinaria foram as causas principais da tragédia, segundo denúncias de pessoas que tentaram acionar os bombeiros, quando foi constatado o vazamento, às primeiras da manhã de sexta-feira.

 

UMA NOITE DE FOGO E MORTE

Na maior  tragédia de todos os tempos, chamas consumiram metade da Vila Socó.

              E a Refinaria agiu tarde demais.

Um mar de chamas alimentado por milhares de de gasolina procedente de um vazamento numa das tubulações da Refinaria Presidente Bernardes,devorou anteontem à noite e madrugada de ontem cerca de 500 barracos na Vila São José (Vila Socó), matando dezenas de homens, mulheres, crianças e animais.Durante toda a noite o fogo, que em dados momentos tinha labaredas de mais de 100 metros, ardeu destruindo tudo que encontrava pela frente, deixando em seu rastro a dor, a desolação e o desespero.

 Cerca de 200 bombeiros de Santos comandados pelo tenente – coronel Nilauril Pereira da Silva, contando com auxílio de carros-bombas de São Bernardo do Campo e Santo André, lutaram desesperadamente para minimizar a tragédia e, conseguiram em parte: eles isolaram um trecho do núcleo residencial e impediram que a destruição fosse total. Mesmo assim, o que aconteceu está sendo apontado como a maior tragédia de todos os tempos na região.

A incredulidade e o excesso de burocracia de funcionários  da Refinaria, segundo denúncia de pessoas que tentaram acionar os bombeiros, quando foi constatado o vazamento, sem que o fogo tivesse começado, foram as causas principais do número de vítimas.

 Ao tomar conhecimento do fato, o funcionário respondeu que primeiro acionaria um  engenheiro da empresa residente em Santos e caberia a ele fazer a avaliação e chamar os bombeiros, se julgasse oportuno.

Tivesse a providência sido tomada de imediato, é possível que os bombeiros não podesse evitar o incêndio, mas pela vivência e pela prática, teriam talvez evacuado a área e evitado que tantas pessoas morressem ou ficasse gravemente feridas.

Foi de tal porte a tragédia de Cubatão que um oficial bombeiro desabafou: “A situação é tão grave e o fogo foi tão rápido, que nos tornamos impotentes para poder combatê-lo”.

Também o tenente Nilauril  teve um momento de descontrole emocional, chegando ás lágrimas, por não poder fazer mais em favor dos humildes moradores  da Vila São José.

Quando o dia amanheceu o incêndio já estava sob controle, mas era simplesmente impossível dar números exatos.

CORPOS LIBERADOS NO LOCAL

Devido ao número elevado de corpos, os médicos legistas deslocaram-se para o a área com a recomendação de liberar os corpos no próprio local, uma vez que o IML de Santos, não dispõe de instalações suficientes para um atendimento deste porte. As  autoridades acreditam que também a tarefa de identificação das vítimas será difícil. Na maioria dos casos, somente através de informações de vizinhos ou pelo processo de eliminação vai ser possível fazer a relação dos desaparecidos.

MADRUGADA DE HORROR NA VILA SOCÓ

O horror. A madrugada infernal não  deixou amanhecer em Vila Socó.

 A meia noite a Vila era um mar de chamas, às duas horas um braseiro,às quatro horas um solo calcinado, cinzas, tocos fumegantes. O cheiro de carne queimada se sente à distância e não abondona  facilmente as narinas. As  brasas crepitam também e o barulho se ouve de longe, tudo a volta ainda arde e há corpos por toda a parte, até onde a vista alcança em meio a fuligem e a fumaça asfixiante. Os corpos queimados negros, o horror.

“Meu Deus, ah! Meu Deus”. Os gritos e orações se sucedem em meio a multidão que vai-e-vem pela margem da rodovia, pelos caminhos internos, sem saber para onde ir. Os relatos são dramáticos e vem um após outro, como se falar aos jornalistas aliviasse alguma coisa. Vozes gaguejantes, lágrimas, desespero:

“ Eu tive tempo de lançar minhas três filhas no rio do cano e me atirar antes que minha casa explodisse com tudo que tinha dentro. Estamos salvos, salvos por Deus do céu”. (de Mariana Rodrigues, empregada doméstica).

“Minha filhinha, Jesus, minha filhinha não saiu, não saiu” (de Antonio Conceição, falando de Patrícia de 3 anos, antes de entrar em estado de choque).

“Meus vizinhos morreram todos, marido, mulher, cinco filhos e a sogra. Não tiveram a menor chance” ( de Marcio Rodrigues de Souza, fumegante, costas queimadas, pele solta).

Cada mangueira dos bombeiros é empunhada por mais de 50 pessoas, moradores, amigos, gente de toda a parte. As explosões se sucedem por toda a parte  – os butijões transformaram-se em bombas por entre os escombros e toda  a tragédia. Os recuos e avanços das mangueiras são feitos mediante ordens gritadas  e se fazem perigosamente, os movimentos nem sempre são ordenados.

O desespero acompanha o serpentear do jato d’água que vai descobrindo cadáveres.

Ninguém tem nada a dizer, e a dor só leva aos monossílabos. “Muita gente morreu,  moço, gente demais”. Diz uma senhora apressada, quase em transe.

“Porque é que eu tenho que ver isso, porque tenho que estar aqui”., lamentava o experiente bombeiro, lágrimas escorrendo, escorrendo, pelo rosto enegrecido, pela boca chamuscada. “ Só naquele lugar ali (aponta) eu vi mais de vinte corpos,  famílias inteiras, crianças, mulheres”… (de Armando jovem voluntário, da cota 95, que caminhou pela estrada mais dez quilômetros, para dar combate corpo-a-corpo às malditas chamas – se ele estivesse numa guerra real, de bombas e armas, seria um herói festejado).

Heroísmo que penetrou os corações mais moles, fé que penetrou os corações mais duros, os dois componentes maiores da guerra contra a fatalidade, guerra de muitas baixas.

A luta seguiu com a chegada do dia e as primeiras luzes encontraram olhares apáticos, distantes e úmidos, flagraram  em meio as cinzas pais a procura de filhos, filhos a procura de pais. Autômatos que que andam pelas brasas, queimam os pés,mas não sentem nada além da dor da procura incerta, muitas vezes  frustantes ,  outras vezes conclusiva: “Ali, ali, aquela mão, o anel, ah! Meu Deus”…

Em cinco minutos a destruição

Ninguém sabia ao certo o horário que o fogo começou, mas todos garantiram que  bastou cinco minutos, para que devorasse Vila Socó.

O soldado do Polícia Rodoviária, Saturnino , estava de plantão no Forte Apache – posto rodoviário ao lado da favela, ás margens da Anchieta – quando foi avisado, às 22h30, por um morador sobre o forte cheiro de gasolina se fazia sentir na Vila.

E é o próprio  Saturnino  que conta os fatos que sucederam ao aviso até eclodir o trágico sinistro. “ Assim que foi alertado, estava sozinho  no posto e avisei a Petrobrás. Às 23h00 chegou o pessoal da empresa, junto com o carro do bombeiros da Refinaria e mais três PMs de plantão em Cubatão. Eles bloquearam as passagens do oleoduto e lançaram espumas pelo túnel, alertando em seguida os favelados para que evacuassem a área. Como estava chovendo, muita gente acabou preferindo permanecer nos barracos, mas houve outros que vieram pedir abrigo aqui no posto rodoviário, alegando que conseguiria dormir com o cheiro da gasolina”. Segundo o soldado, a maré estava naquele momento em direção ao mar, “daí porque a destruição foi maior em uma das extremidades da favela, justamente onde a maré estava concentrando mais gasolina. Da minha parte assim que começou, acionei a rede de telecomonicações com prioridade para o incêndio que eclodiu por volta de 1 hora da madrugada”.

A  operação de socorro envolveu guarnições de bombeiros de toda a Baixada, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo, ambulâncias, polícia civil, militar e rodoviária, Dersa e até soldados do 2º  Batalhão de Caçadores. A Prefeitura de Cubatão colocou caminhões, tratores, máquinas niveladoras e todo o pessoal disponível. Somente no dique foram utilizados mais de cem caminhões de areia na tentativa de conter as chamas. Também empresas de ônibus particulares enviaram dezenas dezenas de veículos para o local, a fim de serem utilizados no transporte de desabrigados para o Centro Esportivo de Cubatão.

Uma Operação gigantesca que, pelos depoimentos, em nada se comparou aos fatos que antecederam o sinistro. O Soldado Saturnino afirmou que até eclodir o fogo somente o bombeiro da Refinaria esteve no local, e após o bloqueamento das tubulações e o lançamento da camada de espuma para isolar a gasolina, nada mais foi  feito além do apelo para evacuação da favela e a permanência  em caráter de observação, do pessoal da Refinaria. Acontece que até aí muita gasolina já havia sido despejada no mangue. As declarações do soldado de plantão no posto apache foram endossadas totalmente pelo comandante da Polícia Rodoviária no Estado de São Paulo, coronel Gianoni, que chegou no final da madrugada ao local.

 

Um incêndio que nenhum bombeiro evitaria, diz Esteves

Nas primeiras horas da manhã de ontem, o superintendente da Refinaria engenheiro Mário de Freitas Esteves, chegou ao local em companhia de vários assessores. Entre uma determinação e outra ele atendia a imprensa: disse em princípio que sempre considerou um perigo a existência de habitações junto a oleodutos, “Pois em caso de um problema qualquer, uma verdadeira tragédia poderia acontecer, como está acontecendo”, frisou. Alegou não poder de imediato informar sobre a causa do vazamento, pois técnicos precisariam primeiro fazer um levantamento da situação.

Para Mário de Freitas, vai ser muito difícil precisar com exatidão o foco de ignição. Poderia ser uma lamparina, uma vela, um fósforo aceso ou até mesmo  uma fagulha originada de um fio elétrico. Perguntado se a burocracia da Refinaria não teria originado a tragédia, Mario de Freitas respondeu de forma indireta “ nenhum bombeiro do mundo evitaria esse incêndio”. Quanto a isso não restam dúvidas, mas o que as pessoas colocam é que, se avisados  a tempo, os bombeiros não poderiam  ter retirado maior número de pessoas, diminuindo a quantidade de vítimas. A uma pergunta sobre quem chegou primeiro na região, os oleodutos ou os barracos, o superintendente não precisou nem pensar para responder: “primeiro chegaram os oleodutos”.

SOB CONTROLE

A seguir, Mario de Freitas explicou que a situação estava sob controle. Até mesmo o fogo, que continuava a queimar no local do vazamento da gasolina, era fruto de uma atitude deliberada. Enquanto houver gasolina na tubulação o fogo se manterá, é uma maneira de evitar que o restante da gasolina escape e novos focos de incêndio ocorram. Quantas horas esse fogo vai durar, segundo Mario de Freitas, é difícil dizer. Quando da entrevista, por volta das 8 horas, o fogo já durava quase nove horas e até que se esgote todo o combustível da tubulação, poderá levar outras 8 ou 9 horas. Concluindo, o superintendente da Refinaria explicou que uma avaliação mais concreta somente ocorrerá depois de um minucioso levantamento de todos os problemas.

Fotos da edição do Jornal Cidade de Santos

Para ampliar, dê um clique sobre cada imagem.

Fonte: Jornal Cidade de Santos, edição do dia26/02/1984, nº 5.989

45 Respostas to “96 – Incêndio de Vila Socó (Vila São José),em Cubatão/SP: Uma data para não esquecer”

  1. Nei Says:

    Parabéns pelo conteúdo da matéria, procurava uma matéria sobre este assunto, me ajudou muito.

  2. Rodrigo Cavalcanti Says:

    Quem era os responsáveis pelas ações da empresa?

  3. filipe Says:

    meu deus nunca vi isso na minha vida

  4. Flávio Says:

    alguém teria o verdadeiro número de vítimas, pois não entra em minha cabeça na queima de 500 barracos de madrugada, horário bem atípico em termos de socorro, morrer só 115 pessoas?

  5. jose b herrera Says:

    acabei de mandar um email pro g1,, porque esse incêndio , não foi lembrado, como uma das grandes catrastofe da historia.

  6. Roberta Araújo Says:

    Eu me lembro do bairro onde eu morava jd.casqueiro era possível ver as chamas eu era uma criança de de 10 anos na época essa imagem nunca saiu da minha mente foi lamentável

  7. cleide Says:

    Corri desse incêndio tinha 8 anos lembro de tudo como se fosse hoje!

  8. Patricia Freitas Says:

    Eu e minha familia estavamos lá, lembro como se fosse hoje, meu tio chegou batento na porta, ele me pegou no colo (tinha então 7 anos de idade), meu pai pegou a minha irmã (com 3 anos), e minha mãe segurou o meu irmaozinho recém nascido, saimos da casa o mais depressa possível, quando olhamos para tras, vimos então nossa casa explodir.

  9. Catarina jilvania Says:

    Eu e minha família presenciamos essa tragédia,na época do incêndio nós morávamos lá na vila são josé,foi uma verdadeira correria um horror,não é realmente algo para se esquecer e muito menos passarmos de novo.

  10. Catarina jilvania Says:

    Perdi muitos amigos nessa tragédia,uma imagem que me a sombra até hoje

  11. Andreluiz Ayres (SD Andreluiz) Says:

    Em 1984 eu estava servindo a Aeronáutica e lembro muito bem deste dia que até hoje gostaria de esquecer

  12. Maria Ozana Vieira Says:

    Morei nesta Vila , quando era criança. Mudamos para o ES, antes da tragédia,Graças a Deus, mas lá havia uma familia, e um menino chamado Daniel Silva Lemos. Gostaria muito de saber se este meu colega de infancia, sobreviveu, junto com sua mãe Bia , a avo D. Maria. Seria possivel?
    Maria ozana Vieira

  13. Peterson martins de souza Says:

    um dia desses estava lendo sobre isso e,a informação que tive é que foram aproximadamente 2000 barracos queimados e cerca de 500 mortos, embora a BR, só tenha divulgado 93 mortes, e o interessante é que um dia desses o diario popular procurou a Br, para falar sobre o assunto pois, ja fazem trinta anos do acontecido e eles não quizeram se pronunciar!!!!

  14. Says:

    Pobres esquecidos por ricos

  15. artur Says:

    Matéria hj de manhã na band news. O caso esta sendo desarquivado. E sera julgado pela corte internacional. E que na verdade morreram mais de 500 pessoas e muitas crianças.

  16. Joel Says:

    Ate hj moro nesse bairro lembro dos corre corre gritos de socorro mães pais gritando pelos filhos que tava dentro de casa pessoas saindo peladas de roupas intimas tinha 7 anos, nessa epoca é dificil esquecer ja houve uns anos atras cheiro forte de gasolina acionamos os bombeiros vieram verificar defesa civil uma porrada de autoridades o cheiro era forte mas graçasa Deus não era nada mais saia pelo bueiros forte cheiro de gasolina ate hj ficamos apreensivos por causa da tragédia é uma data que não dar pra esquecer mesmo mas não se sabe até hj na verdade quantas vidas foram perdidas.

  17. Cicero medrado da silva Says:

    Gostai muito da matéria alguém poderia me informar quem é o responsável por ela?

  18. Cicero medrado da silva Says:

    QUE GUARDOU O JORNAL?

  19. Cicero medrado da silva Says:

    gggg

  20. jéssica Says:

    gostaria de saber qual é o nome da pessoa que publicou essa matéria nesse blog

  21. valdo aparecido oliveira Says:

    ai esta nesta pais so vai preso quem e pobre naõ existe lei para quem tem dinheiro tem que mudar a cultura deste pais para dizer que existe iguldade

    • Catarina jilvania Says:

      Oi Valdo boa noite tudo bem,concordo com vc a respeito do seu comentário sobre leis é verdade,lei é só para e pessoas sem recurso porque os ricos não existe e quanto ao incêndio da vila socó foi muito triste,eu estava lá e vi e perdi muitos amigos naquela tragédia.

  22. anelise marino Says:

    Ontem no onibus, sou do rio de janeiro interior, um senhor sentou do meu lado e do nada me contou essa historia, alem de eu n ser de sao paulo eu n era nem nascida mas procurei na internet e to chocada!

  23. geovana Says:

    Que historia chocante, meu DEUS e de se emocionar qualquer um
    arrepiante .

  24. william Says:

    sou morador ate hoje . ate hoje temos cicratrizes de todos os tipos ?

  25. MOISEIS INACIO Says:

    JA FAZ 32 ANOS DA TRAGEDIA.MORO NO SITIO NOVO VILA ESPERANÇA.QUANDO DESCOBRI ISSO FIQUEI MUITO TRISTE POR CAUSA DE VARIOS MORTOS ADULTOS,IDOSOS,CRIANÇAS,ANIMAIS E ATE HOJE TEM UMA CRUZ COM O NOME DOS DESAPARECIDOS EM CINZAS PERTO DA PASSARELA.SABADO EU VOU VER A CRUZ DE PERTO.

  26. Brandão Says:

    Eu morava lá perto, a área sobre a tubulação de combustiveis fora invadida e formada uma favela, o resto todo mundo já sabe !

  27. Anelise Henrique Says:

    Algum psicólogo que tenha feito atendimento na Vila Socó?
    Estou fazendo um trabalho de faculdade, se puder entrar em contato agradeço muito.
    anelisehenrique@hotmail.com

  28. Mauricio Souza Says:

    muito triste, fiquei muito emocionado

  29. Bianca bueno Says:

    Boa noite MEU DEUS que história, hj ao encontrar uma moeda de 50,cruzeiros mostrei ao meu tio,e do nada ele me contou essa história e fiquei curiosa e como sou caiçara nunca havia ouvido sobre essa tragédia, e fiquei curiosa e fui pesquisar nossa fiquei muito emocionada eu só tinha 1 ano de idade durante o ocorrido muito triste . Parabéns pela publicação.

  30. Bianca bueno Says:

    E por coincidências hj completa 34 anos muito triste

  31. Vanderlei Says:

    Parabéns pelo conteúdo… O fator muito semelhante a este de São Paulo agora (prédio), ocupação irregular e desordenada.

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